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Diário de Bordo | Como tudo começou #1

Olá a todos , desejo-vos uma boa semana e o máximo de cuidados nestes tempos de pandemia para conseguirmos solucionar isto de alguma forma. Por estes lados têm sido semanas com algumas ansiedades no ar , nervosismo e como tal vou vos explicando tudo.

Havendo muito que abordar nesta “secção” (assim lhe chamemos) gostaria que acompanhassem grande parte e claro que depois irei deixando os links abaixo para que consigam seguir o seu seguimento porque acho que fica engraçado assim. Hoje vou falar-vos de como toda esta aventura começou faz 1 ano e 2 meses exatamente.

imagem pixababy

Então tudo começou uns dias antes em Setembro de 2019, quando eu estava por casa um pouco desesperada para encontrar algo para fazer porque estar parada não é para mim, e queria mesmo muito encontrar um trabalho. Procurava por todo o lugar, enviava curriculos para tudo mesmo! Tinha alguns familiares distribuidos por cidades foco (onde a oferta de trabalho até é favorável e permitia que eu pudesse habitar por lá até ter um cantinho se assim fosse), enviando curriculos consegui numa delas… Torres Novas. Precisamente no dia 13 de Setembro vim a uma entrevista de emprego, há qual no mesmo dia retornaram a chamada e fiquei para dar entrada na terça feira seguinte.

Nesse mesmo momento encontrava-me há espera de apanhar o autocarro, e não sabia muito bem como gerir as emoções( se chorava, se ria , se gritava, se pulava) mas estava tão contente que tive de chorar…Chorar no bom sentido, de emoção, de finalmene ter conseguido algo por mérito meu, por finalmente estar a dar um passo em frente na minha vida com apenas 19 anos de idade. Liguei a toda a gente a contar a boa nova e claro chorei com muitos deles porque há coisas que devemos sempre relembrar e agradecer de certa forma á vida por ter-se conseguido algo.

Na minha cabeça começou a fervilhar todas as ideias, tudo o que eu tinha para fazer em 3 dias e meio, principalmente que roupa traria para não sei exatamente quanto tempo (não vinha a pensar no full time, vinha para part time logo seria por temo indeterminado…não saberia se ficava no fim do tempo de experiência). Entre arrumar a roupa que queria trazer, os bens essenciais, arranjar o cabelo porque estava bem comprido e iria trabalhar com comida fiz uma revolução…e cortei..entre emoções entre familia porque ia sair finalmente do ninho foi muita lágrima. Principalmente estava a custar-me muito mais pela minha avó que chorava imenso sempre que eu ia e vinha, mas ela sabia que tinha de ser, que tinha de fazer pela vida de alguma forma.

Se ainda não vos disse sou alentejana, vivi numa vila pequena a minha vida toda e de repente chegou a mudança para uma cidade grande. Grande demais para mim uma jovem, que não sou muito aventureira pelo desconhecido, por uma jovem cheia de inseguranças, dúvidas, receios de não conhecer e nem saber exatamente por onde andava. Acreditem ou não perdi-me imensas vezes pela cidade, muitas vezes senti que estava sozinha nesta aventura e sabem porque? Não conhecia ninguém, no trabalho pouco me dava com alguém e estava muito tempo sem o meu lar e os meus amigos sentia saudades de tudo o que tinha.

A verdade desta mudança é que muita coisa mudou, a nivel pessoal, a nivel profissional e claro fez me crescer e perceber o quanto gosto daquela vila que tanto quis sair de lá. Sabem o que se diz muito “bom filho a casa tornará” eu acho que sempre que lá vou ou anseio por lá voltar fico de coração cheio. Infelizmente a minha avó faleceu este ano e a maior dor permanece com isso, acho que ainda não sei lidar bem com esse facto mas acho que poderei vir a aprender aos poucos… Sinto também que preciso de estar mais fisicamente na minha terra, ajudar o meu avô que tanto tem sido complicado.

Mensagem de tudo isto : Arrisquem. Não tenham medo. Se tiverem de sair do vosso lar para trabalhar numa cidade distante? Façam-no! Eu fiz com apenas 19 anos de idade, com medo do desconhecido e fui. Vão ver que são capazes


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